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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O Cinturão de Fótons

O Cinturão de Fótons

- O que é o chamado cinturão de fótons?
- O termo vem da ciência?
- O termo vem da religião?
- Porque se fala tanto em cinturão de fótons em esoterismo e ufologia?

Não sei se o termo é adequado, se é cinturão, feixe, fluxo, etc., mas nomes são apenas nomes, o importante é explicar o que é ou o que significa.
Depois de juntar muitas informações, de todo tipo e origem, vou fazer um resumo que pode elucidar um pouco o assunto. Não pretendo, no entanto, discutir sobre a veracidade ou não dessas informações, pois o que não pode ser provado pela ciência hoje não quer dizer que não poderá ser no futuro. E este tipo de discussão não é o objetivo deste artigo.
A ciência diz que no centro de nossa galáxia há um imenso buraco negro. Sim, ele existe, mas o que a ciência não sabe, segundo informações esotéricas, é que de dentro dele emana uma grande quantidade de energia ainda não detectada pela nossa tecnologia. É por isso que dizem, em esoterismo, que no centro da galáxia está o “Sol Central”.

Mas que energia é essa?
É a energia da mãe cósmica, o lado feminino de Deus, a “Deusa”. Assim como a mãe terra, que é seu aspecto menor, emite do núcleo do nosso planeta a energia vital que faz as sementes germinarem, que alimenta nossa kundalini que fica na base de nosso sistema de chakras, assim como o sol nos alimenta de energia prânica, a mãe cósmica supri de energia as estrelas da galáxia. Esta energia flui em feixes atingindo vários sistemas estelares, se espalhando do centro para a periferia como uma grande mandala. Um espetáculo que ainda não pode ser visto por nossos olhos e nem pelos nossos aparelhos tecnológicos. É uma energia multidimensional, mas não de dimensões como nós conhecemos (altura, largura e profundidade), é multibiodimensional, ou seja, de várias biodimensões, universos interpenetrados de vibrações diferentes. Vibrações de uma energia ainda desconhecida.

Mas porquê se fala tanto nisto agora?
Como nossa estrela, o Sol, se encontra em uma zona periférica da galáxia, nosso sistema planetário recebe muito pouco dessa energia, a energia da Mãe Divina. Mas, ele, nosso sistema Solar, move-se e passa por regiões diferentes com diferentes fluxos de energia e matéria. Atualmente estamos, nosso sistema Solar e planetas, entrando em uma zona em que essa energia, a energia da mãe cósmica, tem um fluxo muito intenso. É esse fluxo intenso que é chamado de cinturão de fótons.

Mas a pergunta continua: Que energia é essa?
Essa energia é conhecida de muitos pelo nome e de poucos por senti-la. As religiões cristãs a chamam de Espírito Santo. Isso mesmo, o Espírito Santo é o lado feminino de Deus, a Deusa. Deus Pai, Deus Mãe e Deus Filho, esta é a trindade. Mas porquê o nome Mãe foi escondido tanto tempo? Para se construir a civilização atual, patriarcal, machista e bélica, foi preciso tirar o poder das mulheres, então deu-se o nome da Mãe de Espírito Santo.
Então, é exatamente isto que está acontecendo, nosso mundo está fritando com a entrada em grande escala dessa energia. Um profeta disse que a civilização acabaria com o fogo, mas é o fogo do Espírito Santo, um fogo que queima de dentro para fora. Um fogo que atinge diretamente o coração.
Quando se reúne muitas pessoas com fé, essa energia é puxada para a nossa biodimensão em maior quantidade, e aí acontecem os milagres. Como no pentecostes, quando muita gente se aglomera em um estádio com o mesmo propósito e a mesma fé.
Com a chegada em maior quantidade dessa energia, não será preciso muita gente aglomerada para acontecer milagres, pequenos milagres sempre acontecem todos os dias, mas os grandes começarão a acontecer com mais freqüência.
O que a nova energia pede de nós?
Apenas que nos rendamos às nossas transformações interiores. Não podemos resistir às mudanças, pois isto pode nos causar dor. Tais mudanças já estão acontecendo e acontecerão com muito mais freqüência e é preciso detectar os sintomas para tomar as atitudes corretas para a adaptação a este mundo novo.
O mundo está mudando, tornando-se um pouco menos matéria e um pouco mais energia. É um processo de sutilização energética. Logo, será preciso sutilizar tudo: O emocional, o mental, o espiritual e o próprio físico.
Mas, e se alguém não quiser sutilizar-se?
Não é um processo de escolha ou de livre arbítrio, é algo que vem de fora e está atuando em todo o Sistema Solar, então quem resistir poderá sofrer com dores, doenças e até com a perda da vida.
Mas se a energia é boa porquê parece que todo mundo está enlouquecendo e se tornando mais violento?
Quem gosta do mundo pesado não quer se sutilizar. Ao sentir-se menos denso, irá se descontrolar, pois quer seu mundo pesado de volta. Então, o glutão irá comer mais, o assassino irá matar mais, o drogado irá se drogar mais, etc. na tentativa de se densificar ou continuar denso. Isto irá acontecer até um determinado limite, que ninguém sabe quando será.
O que fazer?
Sutilização emocional: Perdoar tudo e todos. Amar o próximo.
Sutilização mental: Deixar dogmas e idéias preconcebidas. Evitar julgamentos. Evitar maus pensamentos. Trabalhar os traumas com ajuda de amigos e profissionais. Evitar filmes violentos.
Sutilização espiritual: Meditar, contemplar, orar, buscar sentir a divindade.
Sutilização física e corporal: Alimentação leve, de preferência vegetariana. Usar alimentos orgânicos. Evitar drogas de qualquer espécie. Ser menos consumista.
Sintomas:
- Calor interno (de dentro para fora) sem explicação (febrícula): Significa que a energia está queimando substâncias nocivas em seu corpo, sejam elas mentais, emocionais ou físicas. Tome muita água e coma frutas.
- Sensação de morte: Significa que realmente algo está morrendo na pessoa. Uma parte de seu ego, uma parte ruim de sua personalidade está indo embora. Busque conversar com um amigo.
- Sensação de perda de controle das coisas: Significa que a energia está mostrando a você que a mente nunca esteve no controle. Quem está no controle de tudo, e sempre esteve, é Deus. Tenha fé e deixe o medo de lado, algumas coisas se resolvem, somente, nas mãos de Deus.
Existem muitos outros sintomas como descontrole do sono, falta de apetite, etc., mas estes são os principais.

Este é o resumo! Se você acredita ou não, se eu acredito ou não, se é verdade ou não, não importa, este artigo é para resumir tudo o que compilei pesquisando várias fontes. Espero que a informação seja útil.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Curso de Energia Solar

Entenda um pouco mais sobre Energia Solar
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Um link interessante sobre Energia Solar é o Círculo Sustentável


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Desidratador solar - Secando pimenta para moer e fazer pimenta calabreza.




sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Entendendo um pouco mais a crise econômica:

Quando se fala q os donos do mundo não são os governos e sim grupos, a maioria pensa q é coisa de "teorias de conspiração" e quem fala sobre isso são lunáticos.
A crise:
Os governos estão quebrados e endividados.
E perguntamos: Quem manda no mundo?
Para responder essa pergunta, primeiro temos de responder outra pergunta:
A quem os governos devem?
A resposta a essa pergunta pode nos levar a ver, ou ter uma idéia das coisas que estão por baixo do véu da política.
Banqueiros?
Talvez os banqueiros sejam apenas os "testa-de-ferro". Quem é dono dos bancos são os acionistas. Não, não são os acionistas e as ações que aparecem nas bolsas de valores. A bolsa representa apenas uma pequena fração das ações existentes. Os grupos que detém este poder negociam muito pouco na bolsa, eles são donos de praticamente tudo.

A Irlanda

É incrível a forma como a Irlanda foi forçada para que o FMI viesse ao seu país,mesmo com os seus governantes dizendo que não precisariam do FMI.
Se a Irlanda está em crise e diz q não precisa do FMI é porque existem outras fórmulas para lidar com a crise, diferentes da "receita da pobreza" que o FMI impõe.
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Mas aos donos do mundo (banqueiros ou não), não interessa outra receita.
Eles querem privatização, diminuição do estado e cortes nas áreas sociais. Garantem, assim, que não haverá moratória dos juros da dívida, garantem mais lucros para as empresas que ganham no processo de privatização, diminuem o poder do estado, congelam o salário dos funcionários públicos com possíveis demissões, e fazem o povo pagar a conta, com maiores impostos, cortes na previdência e assistência social.
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Mas se a receita para a Europa e outros países é essa ortodoxia do FMI, por quê os EUA estão usando uma solução heterodoxa imprimindo dinheiro?
Não sei ainda a resposta a essa pergunta. Se alguém souber diga por favor.
- Talvez tenham esgotado as opções, pois esta opção é muito arriscada.
Vamos esperar para ver.

Solução?

Um governo bem intencionado poderia dizer não a esse sistema?
Seria muito difícil, pois teria que decretar moratória dos juros das dívidas interna e externa, e rearrumar toda a estrutura macro e micro econômica do país. (haja coragem).
Depois este governo sofreria um ataque especulativo nos mercados de câmbio e bolsa. Sofreria, também, ataque das mídias, que espalhariam boatos, e os capitais tanto internos como externos fugiriam do país, fazendo-o cair em uma crise de liquidez.
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O melhor a fazer para um governante seria tentar agradar gregos e troianos, e fazer com que o povo sofra o menos possível as consequências. Mas não há muito para onde correr se a dívida for muito grande.
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Mas eu ou você, como cidadão, o que podemos fazer?
Vivemos dependentes da velha economia, mas mesmo dentro dela, podemos, aos poucos dar força para uma nova economia surgir.
Como podemos ajudar a nova economia?
Ajudando os inimigos da velha economia. Os inimigos são:
- Economia sustentável.
- Economia solidária.
- Feiras de trocas.
- Agricultura familiar e orgânica.
- Energias alternativas produzidas em casa.
E também no dia-a-dia com atitudes não consumistas:
- Consertar suas roupas em vez de jogar fora.
- Plantar temperos, hortaliças ou fitoterápicos no quintal ou na varanda do apartamento.
- Ir a feira em vez do supermercado.
etc.

Continuo a insistir no tema das atitudes do dia-a-dia!
Sou otimista e vou tentar até o último momento, pois acredito que cada árvore que plantamos, cada produto orgânico que produzimos ou consumimos, é um balde de água a menos nas enchetes que se fazem pelo mundo. Se milhões fizerem todo dia um pouco poderemos ter uma transição planetária tranquila.
Mas mesmo que muitos não acreditem na transição planetária, teremos obrigatoriamente que enfrentar outras transições e problemas:
Transição energética do fim do petróleo.
Transição climática devido ao aquecimento global (seja causado pelo homem ou não)
Crise alimentar (devido a alterações climáticas e ao esgotamento da água e dos solos).
Refugiados climáticos.
Crise da água potável.
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Portanto não é preciso acreditar em transição planetária para saber que estamos chegando em uma fase de tempo que exige uma mudança radical, tanto na economia, politica, como nos costumes e em algumas tradições.



quinta-feira, 2 de julho de 2009

Yoga 01


UM POUCO DA HISTÓRIA DO YOGA
Conta-se que esta filosofia foi revelada aos sábios iluminados durante os estados meditativos e a mais antiga evidência arqueológica foi encontrada no vale Indu, datando de 3.000 anos AC. Eram pequenas estatuetas esculpidas em pedra, que mostravam figuras humanas em poses de Yoga.
A primeira menção escrita da Yoga foi nos textos sagrados dos Vedas, cerca de 2500 anos AC. Posteriormente, de maneira mais consistente, consta dos últimos textos védicos chamados "Upanishads", nos quais se origina a filosofia Vedanta. Essa filosofia tem em sua idéia central a unidade de todas as coisas, a realidade absoluta de Brahman (Deus), que pode ser encontrada em vida através da interiorização e da ação correta.
Mais adiante no tempo e, mencionada com mais corpo pelos textos dos Yoga Sutras escritos pelo sábio Patanjali, Yoga aparece também em dois grandes épicos, que datam de cerca de 600 AC - o Ramayana, escrito por Vamiki, e o Mahabharata, escrito por Vyasa, onde se inclui o Bhagavad-Gita. A Hatha Yoga é um tipo de Yoga. Ela ajuda a condicionar o corpo, deixando-o saudável e equilibrado. Seus efeitos também podem ser sentidos na mente, sob algumas formas entre elas as de: equilíbrio, prazer, paz e alegria. Yoga-Sutras
Nos Yogas Sutras de Patanjali ficam definidos os oito passos da Yoga, que ajudam no processo de auto-realização, purificando o corpo e a mente, e aproximando o ser cada vez mais do objetivo final - a iluminação.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Sistema Econômico e a Nova Era - Continuação

Por Walder Antonio Teixeira

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O Conceito de Propriedade

Assim como o conceito de empresa foi atrelado ao conceito de liberdade (livre iniciativa) que no fundo se traduz em liberdade para explorar o trabalho dos outros, o conceito de propriedade também ficou atrelado ao principio de liberdade. É preciso que na Nova Era seja resgatada a idéia da função social da propriedade. O que quer dizer isso? Vou dar um exemplo:
Viajei para uma cidade pequena para passar um fim de semana tranqüilo, cachoeiras, mato, etc. Como estava pensando muito em economia na época, comecei a observar as coisas do ponto de vista econômico. Vi os silos de armazenagem de uma grande multinacional da área de alimentos. Grandes propriedades usando técnicas “modernas” de agricultura, mecanização, adubos químicos, etc. Mas o que mais me impressionou foi a cidade, ou melhor, os limites da cidade. A cidade estava toda cercada (cercas mesmo) pelas propriedades. Ela não teria mais por onde crescer. Sua população que não trabalha no comércio está quase totalmente desempregada. Uma boa parcela da população vive na pobreza. Conclui que o que eu estava enxergando era o lado negro da tal globalização.
O que está acontecendo neste local? O que acontece é o seguinte:
Primeiro – Estas grandes fazendas empregam máquinas e não seres humanos, três ou quatro empregados são suficientes para operar os tratores e colheitadeiras.
Segundo – Estes grandes proprietários produzem para a exportação e não para atender ao consumo local.
Terceiro – As grandes fazendas vendem para a multinacional que estoca os alimentos em seus silos, esperando o melhor momento para repassar a mercadoria e não assumindo risco nenhum.
Quarto – Estas fazendas, usando monocultura, adubos químicos, herbicidas e pesticidas, estão contaminando o meio ambiente e as fontes de água.
Quinto – Provavelmente, os grandes proprietários nem moram na cidade. Talvez, nem no mesmo estado. E podem até viver em um outro país, sem nem sequer conhecer a região.
Sexto – O prefeito deve depender de ajuda desses proprietários para se eleger. Na verdade, dinheiro para a campanha e para dar camisetas e cestas de alimento aos desempregados. O prefeito também tem nas mãos verbas de programas federais com o qual pode fazer caridade em troca de votos.

Poderia continuar enumerando os problemas, mas o que interessa é entender esse lado da globalização:
Em uma situação em que o prefeito não pode fazer políticas públicas como assentamentos, casas populares, etc. por falta de espaço, a população desempregada teria de criar suas próprias soluções. Mas como? Fazer agricultura de subsistência e trocar alimentos com os vizinhos sem um pedaço de terra, por menor que seja, é muito difícil. Criar uma cooperativa de artesanato? É difícil dizer o que pode funcionar com opções tão limitadas.
Mas quando um grupo decide se organizar e invadir terras, todos, sem exceção: mídia, políticos, empresários, classe média urbana, ricos, religiosos, apelam para o direito à propriedade. Ninguém mais consegue enxergar a legitimidade que uma comunidade tem de usar o espaço onde vive da maneira que for melhor para eles. O direito de quem vive longe e se diz dono é maior do que o direito do nativo do lugar. Responda-me: Se o povo da cidade invadir uma dessas fazendas a polícia e o prefeito ficarão do lado de quem?
Agora você pode ter uma idéia do porque que os neoliberais pregam o estado mínimo. Um estado tão pequeno que não chega a fiscalizar, que não tem tempo de discutir causas sociais. Um estado que não investe em educação apenas investe em segurança. Mas segurança de Quem? Ou para quem?
A propriedade deve ter também sua função social. O cidadão não pode tornar-se prisioneiro de sua cidade natal, onde ele só é visto como um voto útil.
Este lado da globalização trouxe problemas sérios para as comunidades. O cidadão que não quiser viver na cidade é livre para sair, ele não é um prisioneiro de fato, mas suas opções são ficar ou ir para as favelas das grandes cidades. Este cidadão não é cidadão é gado, ou pior, pois gado dá lucro e é bem tratado, vacinado, etc. Esses cidadãos são os verdadeiros donos da terra, pois eles vivem nelas, ou melhor, a terra não é de ninguém, a vida (animais e plantas) não deve ter dono e a comunidade deve zelar e utilizar as suas riquezas de uma maneira sustentável.
Como mudar isso?
Primeiro criando leis que obriguem as propriedades a não fugirem de sua função social, criando leis que garantam direitos geográficos para a população. Dar prioridade ao mercado interno e deixar para o mercado externo apenas o que sobrar. Criar políticas públicas de inclusão social e de sustentabilidade.
Segundo, mexendo no conceito de democracia. Este nosso sistema de venda de votos, de não participação da população, de impedir a criação de pequenos partidos, de influência do poder econômico sobre o poder político tem de ser mexido. Este é o tema a seguir:



O Conceito de Democracia


Quando se fala de política a primeira coisa que vem a nossa mente é a palavra corrupção. Na verdade nossa sociedade criou o pior dos mundos em termos de política. Existe uma rede de distribuição de orçamento que abrange desde a prefeitura até o governo federal. É uma rede que faz lobby para pegar partes do orçamento federal e estadual para os municípios. Esses recursos orçamentários são repassados conforme os interesses políticos e financeiros que são feitos com acordos entre o governo central e os municípios. Finalmente a verba é repassada para as empresas prestadoras dos serviços, empreiteiras etc., que por sua vez financiam as campanhas eleitorais. Nada mais é do que uma grande feira de verbas públicas. Dá-se a isso o nome de democracia.
O simples ato de votar não constrói uma verdadeira democracia. Uma democracia é muito mais que o ato de votar. A eleição em nosso país é apenas uma festa feita para parecer que o povo decide alguma coisa.
Isto está em nossa cultura a muito, desde os tempos das capitanias hereditárias. É a cultura da centralização do poder. É a cultura do controle absoluto. É a cultura da venda de favores. Estamos tão acostumados com essa cultura que criticamos os políticos e nunca criticamos o sistema político. A verdade é que ninguém pensa em mudar o sistema.
Mas o que, exatamente, está errado?
O problema é que estamos tão distantes do poder, que ele não nos interessa mais. Deveria haver uma reforma política que aproximasse o cidadão comum do poder, da decisão. Exemplos:
- Você conhece os representantes de seu bairro na assembléia?
- O seu bairro tem representantes na assembléia? (voto distrital)
- Você conhece ou decide quem vai ser o delegado do seu bairro?
- Você conhece ou pode decidir quem vai ser o Juiz de direto de sua cidade?
- Se você quisesse se candidatar nas próximas eleições, você acha que teria acesso dentro de um dos partidos existentes?
- Quais são as chances que você teria se quisesse criar um partido? Você acha que teria sucesso com a legislação atual?
- Mesmo que você conseguisse ser um pré-candidato dentro de um partido, Quais seriam as chances entre você e um grande empresário?
- Por que você não vota sobre o valor do salário dos políticos?

Ao responder as perguntas acima é que você percebe o quanto está distante do poder, tão distante que quando chega o tempo das eleições, os partidos lhe dão um cardápio pronto, e você só tem direito de escolher entre o ruim, o péssimo e o pior ainda. Todos eles já comprometidos com o poder econômico, que é quem realmente manda neste mundo.
Não fique preocupado por não ter parado para pensar nisso antes. É que temos uma mídia muito eficiente, que nos lava o cérebro constantemente.
Para mudar o sistema político é preciso mexer na constituição. No entanto a nossa constituição é de 1988 e até hoje existem leis complementares que não foram votadas.
Será que teremos de esperar o nosso sistema financeiro e o nosso sistema político se desfazerem para podermos modificar alguma coisa?

Precisamos procurar por soluções!

Nossa civilização usa meias-verdades, usa dois pesos e duas medidas. Vou dar um exemplo:
Em um programa de entrevista, um repórter perguntou a um famoso líder do movimento dos sem-terra o porquê deles terem invadido as obras de uma usina de energia. O líder respondeu que a usina não fez um programa de assentamento para a população que vivia onde o lago da usina iria inundar. O repórter dizia que eles não tinham o direito de invadir as obras de uma empresa privada, ou seja, uma propriedade privada. Mas eu pergunto: E as propriedades dos moradores, as casas que seriam inundadas sem programa de assentamento? Todos perderiam suas propriedades. Porque a propriedade de uma empresa tem mais direitos que várias propriedades de pessoas? Porque essa população não teria o direito de defender as suas casas? Esta é a nossa mídia! Este é o nosso país!

Mas e as soluções?
Realmente não consigo pensar em soluções sem, automaticamente, pensar em socialismo (palavra proibida). Mas usar a palavra socialismo hoje em dia é arriscado, você pode ser acusado de ser retrógrado, de usar idéias ultrapassadas, etc. No entanto vários países da Europa usam uma combinação de socialismo com capitalismo. No entanto, várias medidas que os países mais ricos do mundo usaram para abrandar a crise de outubro de 2008, foram medidas que países socialistas tomariam.
Ao contrário do comunismo da antiga URSS que produziu um socialismo centralizado que buscava controlar tudo por meio de um partido único. Eu acredito em um socialismo descentralizado, em um poder local mais forte, com cooperativas, organizações sociais e também com empresas, além de uma política multipartidária.
Em uma nova era é preciso buscar a fraternidade, o crescimento espiritual, o crescimento científico e a cultura. A economia e a política devem estar lado a lado com estes princípios.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Sistema Econômico e a Nova Era

Sistema Econômico e a Nova Era
Por Walder Antonio Teixeira


Ver Mais Além

Parece que a mídia e os mecanismos de controle de nossa civilização nos tiraram a capacidade de enxergar as coisas como elas realmente são. Teríamos que sair dela, da civilização, e talvez tenhamos que ir a outro planeta para poder observar a terra e ver a verdade. Vou dar um exemplo: Abro a folha de um jornal e vejo a seguinte notícia:
“Governador vai baixar os impostos e atrair novas empresas para o estado. Elas gerarão muitos novos empregos”.
A manchete soa como algo notável. As palavras “baixar impostos” agradam nossos ouvidos. A palavra “emprego” nos dá um tom de dignidade a frase. Para ler a verdade precisamos passar a frase anterior por um tradutor. Alguém ou algo que possa interpretar e que esteja além de nossa época ou além de nossa dimensão. No entanto, acho mais fácil educar a nossa mente para entender e traduzir o que se passa, pois nossa mente pode ir além do tempo e do espaço.
Traduzindo a frase ficaria assim:
“Governador vai baixar os impostos, mas apenas para as empresas. Isso somado a uma massa desempregada que ficará contente com um salário de fome que mal dá para sobreviver (escravos), atrairá as empresas de fora para o nosso estado. Vindo aqui nestas condições elas terão lucros maiores. Em troca o governador quer o apoio delas (empresas) para se reeleger no próximo pleito”.
Essa nossa falta de entendimento não existe à toa, ela foi criada pela mídia, pelo sistema educacional e pelo sistema econômico. É preciso tirar os óculos de cego que nos puseram, para podemos enxergar um pouco mais além.
Coloquei esta introdução, para dar um choque inicial, e nos prepararmos para mexer nas feridas da civilização. Onde ninguém tem coragem de mexer ou falar, ou sequer discordar. Os espiritualistas dizem que não se envolvem com coisas materiais falam da nova era, mas nunca tratam de como ela vai funcionar economicamente. Todos em nossa sociedade criticam a todos, querem que a corrupção acabe, querem mudar muitas coisas, mas quando se tratam das feridas, todos, sem exceção se calam.

Que feridas são essas?

Elas são três e são a verdadeira fonte dos problemas e também o caminho para as soluções:

1 - O conceito de empresa.
2 - O conceito de propriedade.
3 - O conceito de democracia.



O Conceito de Empresa

O conceito de empresa, como nós o conhecemos hoje, teve início na idade média. Não vou trazer detalhes ou fazer pesquisas sobre o assunto, pois este não é meu objetivo. Mas junto com o surgimento das cidades (burgos), apareceram dois tipos de atividades: o comércio que deu primeira imagem do que viria a ser a empresa de hoje e as atividades profissionais, que deram origem as corporações de ofício. As corporações de oficio poderiam ter evoluído para a forma de interação que encontramos nas cooperativas de hoje, mas não foi o que prevaleceu.
A forma apresentada pelo comércio foi a vencedora na competição de como viria a ser a nova estrutura econômica do mundo ocidental. O comércio cresceu até formar as grandes companhias na época do mercantilismo de das grandes navegações.
O fato de o cooperativismo não ter emergido como forma triunfante de organização econômica, se deve em minha opinião, a própria estrutura do feudalismo e depois do absolutismo. No cooperativismo todos são iguais e tem participações iguais, já na estrutura empresarial a participação depende do capital ou cotas de cada um. Embora as sociedades anônimas exijam certa democracia em relação às cotas, a companhia limitada é o próprio feudo.
Isso mesmo! A empresa é o feudo evoluído. É a manifestação do desejo do burguês que não nasceu nobre em ter o seu próprio reino.

“Eu também quero ser rei”

A empresa herdou várias características do feudo:

- Passa de pai para filho;
- o órgão financiador é seu suserano e o empresário se torna seu vassalo;
- o patrão é o senhor de seus empregados, pode mandá-los embora, pode dar aumentos, etc.;
- os empregados têm alguns direitos, assim como os servos também tinham;
- assim como o patrão, o senhor feudal também ficava com os lucros deixando para os servos apenas o suficiente para viver;
- as guerras contra outros feudos podem ser comparadas com as brigas de empresas concorrentes;
- a marca da empresa é a bandeira ou escudo do senhor.

Poderíamos colocar várias páginas comparando uma coisa com a outra, mas o importante é saber que o empreendedor de hoje é movido por um desejo:
“Quero deixar de ser escravo! Quero deixar de ser servo! Quero uma vida mais digna”.

É um desejo autentico, é um desejo legítimo, mas não é o caminho da Nova Era. Deixar a senzala para se tornar dono de escravos, ou investir na carreira para se tornar feitor (executivo), não é o caminho para um mundo novo, para um mundo melhor. Alguns dizem que só trabalham com as ações e não interferem nas decisões internas das empresas, mas muitas dessas ações carregam o karma do trabalho semi-escravo em outros países, o karma da poluição, o karma da destruição das florestas, etc.

Qual seria, então, o caminho para um empreendedor antenado na Nova Era?
Em uma era de fraternidade, de preocupação com o meio ambiente e de amor ao próximo, não haverá espaço para a exploração, a cobiça ou o armazenamento de riquezas que é um fruto do medo do futuro. A melhor maneira de se organizar a produção, o comercio e os serviços, será o cooperativismo, mas um cooperativismo diferente. Um cooperativismo onde todos têm participação por igual, tanto nas decisões de assembléia quanto na divisão dos ganhos, do faxineiro ao executivo. Se isto já existe, eu não sei. Se isto vai funcionar, eu não sei. Mas a cooperativa até o momento é a melhor opção para o conceito de empresa.
Empresa, como nós a conhecemos agora, será coisa do passado. E isto não significa que ela deva deixar de existir. A nível de comércio exterior entre países a empresa pode ser uma boa solução, mas o seu capital não será propriedade de pessoas ou de grupos. Suas ações pertencerão a federações e confederações de cooperativas, e seu lucro será usado para criar benefícios para a sociedade e para as cooperativas.
Por que cooperativas e não ONGs ou Fundações?
O conceito de ONG e de Associações está sendo totalmente desvirtuado. Empreendedores inescrupulosos usam essas associações sem fins lucrativos para não pagar imposto, receber doações, ter facilidades em fazer negócios com o governo. O lucro que não é permitido por lei, é transferido através de comissões e altos salários nos contratos dos projetos para pessoas devidamente escolhidas. Através do estatuto da entidade eles criam artigos que dão direito de voto apenas aos sócios fundadores e os sócios beneméritos. Assim, uma associação funciona como uma empresa privada cuja diretoria sempre será a mesma ou será nomeada sempre pelo mesmo grupo. Eles ainda são capazes de aceitar doação de pessoas bem intencionadas, mas mal informadas. Esses criminosos são piores que os empresários, porque os empresários pelo menos fazem um jogo aberto.
Existem muitas entidades sérias, ONGs, fundações, associações, etc. O governo é que deveria ter formas de controlar, criando normas sobre os estatutos e vigiando o funcionamento de sua democracia interna.
Mexer no conceito de empresa e em quem controla o capital é algo muito difícil, pois, a guerra fria ocorreu justamente por isso. A terceira guerra mundial, a guerra fria entre o Ocidente e a União Soviética, que começou antes do termino da primeira guerra mundial em 1917 e terminou com a queda do muro de Berlim em 1989 com a vitória do Ocidente, ocorreu simplesmente por causa disso. Foi o conflito entre duas formas de organizar a economia, uma comandada pelo estado e a outra comandada pelas corporações multinacionais (empresas) tendo como escudo os EUA.
Podíamos discutir muitas outras coisas, como: Por que as empresas multinacionais não pagam impostos a ONU quando exploram os recursos naturais em águas internacionais? Por que o neoliberalismo quer um estado mínimo? No entanto, quero falar mais de Nova Era. Em uma era de fraternidade, eu visualizo uma estrutura econômica formada por cooperativas, empresas cujo capital pertence às cooperativas e associações, e empresas estatais para fornecer os serviços públicos essenciais. Isto tudo é claro, até que apareça uma idéia melhor ou um conceito melhor.