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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Entendendo um pouco mais a crise econômica:

Quando se fala q os donos do mundo não são os governos e sim grupos, a maioria pensa q é coisa de "teorias de conspiração" e quem fala sobre isso são lunáticos.
A crise:
Os governos estão quebrados e endividados.
E perguntamos: Quem manda no mundo?
Para responder essa pergunta, primeiro temos de responder outra pergunta:
A quem os governos devem?
A resposta a essa pergunta pode nos levar a ver, ou ter uma idéia das coisas que estão por baixo do véu da política.
Banqueiros?
Talvez os banqueiros sejam apenas os "testa-de-ferro". Quem é dono dos bancos são os acionistas. Não, não são os acionistas e as ações que aparecem nas bolsas de valores. A bolsa representa apenas uma pequena fração das ações existentes. Os grupos que detém este poder negociam muito pouco na bolsa, eles são donos de praticamente tudo.

A Irlanda

É incrível a forma como a Irlanda foi forçada para que o FMI viesse ao seu país,mesmo com os seus governantes dizendo que não precisariam do FMI.
Se a Irlanda está em crise e diz q não precisa do FMI é porque existem outras fórmulas para lidar com a crise, diferentes da "receita da pobreza" que o FMI impõe.
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Mas aos donos do mundo (banqueiros ou não), não interessa outra receita.
Eles querem privatização, diminuição do estado e cortes nas áreas sociais. Garantem, assim, que não haverá moratória dos juros da dívida, garantem mais lucros para as empresas que ganham no processo de privatização, diminuem o poder do estado, congelam o salário dos funcionários públicos com possíveis demissões, e fazem o povo pagar a conta, com maiores impostos, cortes na previdência e assistência social.
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Mas se a receita para a Europa e outros países é essa ortodoxia do FMI, por quê os EUA estão usando uma solução heterodoxa imprimindo dinheiro?
Não sei ainda a resposta a essa pergunta. Se alguém souber diga por favor.
- Talvez tenham esgotado as opções, pois esta opção é muito arriscada.
Vamos esperar para ver.

Solução?

Um governo bem intencionado poderia dizer não a esse sistema?
Seria muito difícil, pois teria que decretar moratória dos juros das dívidas interna e externa, e rearrumar toda a estrutura macro e micro econômica do país. (haja coragem).
Depois este governo sofreria um ataque especulativo nos mercados de câmbio e bolsa. Sofreria, também, ataque das mídias, que espalhariam boatos, e os capitais tanto internos como externos fugiriam do país, fazendo-o cair em uma crise de liquidez.
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O melhor a fazer para um governante seria tentar agradar gregos e troianos, e fazer com que o povo sofra o menos possível as consequências. Mas não há muito para onde correr se a dívida for muito grande.
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Mas eu ou você, como cidadão, o que podemos fazer?
Vivemos dependentes da velha economia, mas mesmo dentro dela, podemos, aos poucos dar força para uma nova economia surgir.
Como podemos ajudar a nova economia?
Ajudando os inimigos da velha economia. Os inimigos são:
- Economia sustentável.
- Economia solidária.
- Feiras de trocas.
- Agricultura familiar e orgânica.
- Energias alternativas produzidas em casa.
E também no dia-a-dia com atitudes não consumistas:
- Consertar suas roupas em vez de jogar fora.
- Plantar temperos, hortaliças ou fitoterápicos no quintal ou na varanda do apartamento.
- Ir a feira em vez do supermercado.
etc.

Continuo a insistir no tema das atitudes do dia-a-dia!
Sou otimista e vou tentar até o último momento, pois acredito que cada árvore que plantamos, cada produto orgânico que produzimos ou consumimos, é um balde de água a menos nas enchetes que se fazem pelo mundo. Se milhões fizerem todo dia um pouco poderemos ter uma transição planetária tranquila.
Mas mesmo que muitos não acreditem na transição planetária, teremos obrigatoriamente que enfrentar outras transições e problemas:
Transição energética do fim do petróleo.
Transição climática devido ao aquecimento global (seja causado pelo homem ou não)
Crise alimentar (devido a alterações climáticas e ao esgotamento da água e dos solos).
Refugiados climáticos.
Crise da água potável.
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Portanto não é preciso acreditar em transição planetária para saber que estamos chegando em uma fase de tempo que exige uma mudança radical, tanto na economia, politica, como nos costumes e em algumas tradições.



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